Teoria das Cores afirma que a cor é um fenômeno físico relacionado a existência da luz, ou seja, se a luz não existisse, não existiriam cores. O preto é percebido quando algo absorve praticamente toda a luz que o atinge. Já o branco é percebido em algo que reflete praticamente todas as faixas de luz. Pode-se dizer que o branco e o preto não são cores propriamente, e sim a presença ou ausência da luz.
Isaac Newton foi o primeiro a associar que a luz do Sol tinha forte relação com a existência dascores, quando dissociou a luz solar nas cores do arco-íris através de um prisma.Surgia ali o primeiro esboço do que posteriormente viria a ser chamada de Teoria das Cores.
Vários estudiosos do passado se dedicaram a entender o fenômeno das cores. Os primeiros sistemas de cores foram os de Newton e de Goethe. Estes sistemas se concentravam mais em saber como se formavam as cores. O Sistema de Chevreul, mais recente, também utiliza de um eixo vertical que indica o brilho e a saturação da cor. O sistema esférico de Otto Rungepretende descrever e encontrar harmonias cromáticas. Aqui, as cores puras e suas misturas situam-se no equador da esfera, e enquanto se aproximam do centro, pendem para a cor cinzento médio. Assim, as cores tornam-se escuras em direcção ao pólo inferior até atingir o preto, e tornam-se claras , até ao pólo superior, atingindo o branco.
Estes são sistemas de cores que visam organizar e racionalizar o estudo das cores no intuito de se constituir uma teoria das cores, no entanto a harmonia entre as cores não é assim tão objetiva. Hoje sabe-se bem que a cor é um fenômeno subjetivo, pois ela é constituída de ondas eletromagnéticas de uma faixa de frequência tal que as colocam dentro do que denomina-se espectro visível, ou seja, a faixa de frequência daquelas ondas que são captadas pela sensibilidade dos olhos humanos. Animais veem tudo de forma diferente.

Cores complementares são as que estão opostas no disco das cores. Por exemplo, a cor complementar do azul é o laranja.
Cores complementares sempre funcionam bem juntas. Lembra de Amelie Poulain? O verde e vermelho funcionam tão bem por serem complementares.
Pra entender melhor como foi feito o estudo das cores complementares, experimente fazer um teste: durante alguns minutos, sob boa luz, olhe diretamente para uma cor, por exemplo o amarelo. Depois olhe para uma superfície branca e perceba que uma outra cor aparece: o violeta. Esta é a complementar ao amarelo. Este fenômeno acusa como é involuntário o desejo dos olhos de visualizar uma cor complementar àquela que está em maior quantidade num ambiente.
Lançando mão das chamadas harmonias, que são esquemas para combinar as cores, podemos criar ambientes interessantes e atrativos.
Na harmonia monocromática se utilizam vários tons da mesma cor, variando sua luminosidade e saturação. De acordo com a escolha dos tons e da sua aplicação nos objetos e superfícies do ambiente, esta harmonia pode ficar bastante elegante, mas há o perigo de parecer monótona, já que o contraste não existe. O preto e o branco podem entrar nesta combinação para realçar algum detalhe e compor o conjunto.
A harmonia análoga é aquela em que se combinam uma cor primária e as duas adjacentes à ela no círculo de cores. Uma das cores é utilizada como dominante no conjunto (o vermelho das paredes da foto acima), e as outras são aplicadas em detalhes. É uma harmonia mais rica que a monocromática, mas também não apresenta uma cor de contraste.
Já na harmonia complementar, busca-se o contraste com o uso de cores diametralmente opostas no círculo das cores. Uma combinação interessante é utilizar uma cor quente e uma fria não saturada, usando uma delas como dominante e a outra nos detalhes que se deseja destacar.
Usando três cores eqüidistantes no círculo das cores teremos uma combinação em harmonia triádica que apresenta grande contraste, mas ainda sim, equilíbrio. Novamente, usa-se uma cor como dominante e as outras duas para detalhes.
A harmonia complementar dividida é conseguida quando se utiliza uma cor em conjunto com as duas adjacentes à sua complementar no círculo das cores. Por exemplo, laranja, azul-violeta e azul-verde. Em relação à harmonia complementar, a dividida mantém o contraste, sem apresentar muita tensão visual.

Você realmente sabe o que é o círculo cromático.
A harmonia das cores é fundamental, com as cores adequadas podemos contrastar, harmonizar, iluminar, apagar, dar nova visualização ao que pretendemos enfatizar ou potencializar…. Porém, você sabe como facilitar esse trabalho de entendimento, combinações, comparações, etc? Muito simples! Aprenda através do círculo cromático.
O disco cromático não é um instrumento científico de classificação de cores, mas é muito útil na composição de quaisquer trabalho porque você obtêm a combinação das cores além de verificar várias características como a luminosidade, saturação, sombra, a cor dominante em uma mistura, entre outras.
Um pouco mais sobre o círculo cromático (Disco Cromático ou Roda das Cores).
O círculo cromático, tradicionalmente é representado como o próprio nome indica, por um círculo com 12 cores: três primárias, três secundárias (formadas pela mistura das primarias) e seis terciárias, criadas pelas misturas das primárias com as secundárias.
No âmbito artístico, normalmente são utilizadas como cores primarias o amarelo, azul e vermelho, com as cores secundárias, laranja, violeta e verde, resultantes da mistura das cores primarias.
Passemos a explicar de uma forma simples:
- Amarelo misturado com azul em partes iguais dão como resultado o verde;
- Azul misturado com vermelho em partes iguais dão como resultado o violeta;
- Vermelho misturado com amarelo em partes iguais dão como resultado o laranja;
A partir destas cores, muitas outras são criadas, por adição do negro para formar as sombras o cores escuras e por adição de branco para formar as luzes, cores claras ou cores pastel.
A teoria das cores diz que por meio de cores básicas, ou primárias, qualquer cor pode ser formada. Essas cores são vermelho, verde e azul para cor luz (RGB) e vermelho (magenta), amarelo e azul (ciano) para cor pigmento (CMY). Desde a remota data em que o homem adquiriu o pensamento simbólico, o agente da cor é o pigmento que constitui a cor corpórea ou tinta.
O geólogo e romancista alemão Goethe estabeleceu no início do século XIX a Teoria da Cor Pigmento, que viria a explicar pela mistura alguns dos aspectos básicos da cor muito utilizados na pintura.
Essa teoria foi desenvolvida no começo do século XX pelos pintores alemães Johannes Itten e Paul Klee, professores na Bauhaus, que ampliaram com trabalhos nesta escola de arte o modelo teórico iniciado por Goethe. Itten identificou na composição da cor por pigmento sete contrastes básicos presentes no Círculo Cromático.

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